quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Dolcinópolis ganha companhia teatral




GRUPO QUIÇA PROMETE EXPANDIR A ARTE NA REGIÃO

A pequena cidade de 2.181 habitantes, conhecida como Dolcinópolis, passa a ter destaque na arte teatral da região com a criação do grupo Quiçá. Formado por quatro integrantes: Adriana Carini Castor Bonfim (17), Mysan Sarah de Souza Paula (17), Erivelton Rossini de Souza (17) e Claudemir Posclan (32), a trupe ainda agenda data de estréia com a peça Os Lucetas.

Segundo Erivelton, a idéia de montar a companhia surgiu depois do convite da professora Roseli Smarci Valério, coordenadora da Escola da Família da EE. Baptista Dolci, para fazer uma apresentação na Festa Junina com a Esquisodrilha (uma quadrilha que mistura melodias e ritmos). Ela gostou tanto, que repetiu o pedido neste ano e ainda os convidou para encenarem o Casamento Caipira. “Nossa intenção, até então, era ser voluntários da escola e contribuir em suas atividades para ter mais chances de conseguir bolsas de estudos em faculdades da região”, diz Mysan Sarah.

Terminada a Festa Junina, a professora fez mais um convite, desta vez com tema livre. Como os integrantes do grupo também são alunos da Escola Livre de Teatro – ELITE de Jales, eles decidiram usar o trabalho de avaliação do último semestre, a peça Os Lucetas, como apresentação do próximo evento da Escola da Família, que ainda está para ser agendado. “Reestruturamos a peça que foi adaptada pelo Erivelton com ajuda do grupo e pedimos a Roseli um espaço para os ensaios que fizemos durante todas as férias. Nascia, a partir daí, o grupo Quiçá, afirma Adriana.

REALIZAÇÃO
Para os atores, a vontade de montar a trupe parecia uma realidade distante, no entanto, os convites da professora Roseli e o apoio e incentivo da ELITE fizerem com que eles percebessem que tinham capacidade para isso. “Os conselhos do diretor da Escola de Teatro, Clayton Campos, e tudo que aprendemos com os demais professores contribuíram para que essa idéia se materializasse”, conta Erivelton.

Clayton explica que os atores do Quiçá tinham muita vontade, mas lhes faltava uma assessoria. Pensando em como ajudar a eles e os demais alunos que tinham o mesmo desejo, foi criado o “Núcleo de Produção e Difusão Cultural”, que tem como objetivo auxiliar esses grupos na gestão dos trabalhos, além de outras manifestações culturais.

Por enquanto, os próprios atores dirigem as cenas, mas já estão se atentando para a necessidade de convidar um diretor para essa tarefa, contribuindo para melhorar ainda mais a montagem. “Os ensaios são muito divertidos, nós nos damos muito bem e queremos que o grupo cresça cada dia mais. Nossa expectativa é apresentar na região, no Brasil e, quiçá, no mundo”, diz Adriana arrancando gargalhadas do grupo. “Não vamos parar com Os Lucetas, logo estaremos com outros espetáculos em cartaz”, comenta Erivelton.

ARTE NA REGIÃO
Mysan Sarah conta que a cidade não tem muito contato com a arte, já que poucos espetáculos chegam até o município. “Com o grupo fortalecido podemos consolidar a arte no município”, aponta. O professor de teatro José Vitorino de Souza reafirma a frase dizendo que é impossível formar público para esse seguimento se as pessoas não tiverem contato com peças teatrais. “Como espectador, é preciso ver antes de aprender a apreciar”, completou Raimundo Nonato que também é integrante do Núcleo de Produção e Difusão Cultural.

Segundo Clayton a principal intenção da escola não é apenas levar peças para outras cidades, mas desenvolver a arte nas diversas comunidades da região por meio da formação de novas companhias. “Para isso, mostramos aos alunos que construir produtos de qualidade é a primeira preocupação que devem ter”, explica Vitorino. “Quiçá, com certeza, é um grupo promissor”, finaliza Clayton.

Viviane Fernandes

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

ELITE apresenta nova estrutura pedagógica




A Escola Livre de Teatro – ELITE está de cara nova. Na última terça-feira, dia 18, os alunos já puderam experimentar as novidades na estrutura pedagógica de ensino e participaram de debates que nortearão a grade curricular que será desenvolvida.

Segundo o Clayton Campos, professor e diretor da ELITE, a escola só esta formalizando uma realidade que já faz parte da rotina de trabalhos desenvolvida há anos. “Muitos alunos demonstram a nós suas aptidões que vão além da formação de atores. Nós temos aqueles que se identificam como diretores, dramaturgos, críticos de teatro ou que tem o desejo de montarem suas próprias companhias. Apenas formalizamos e passamos a reforçar o acompanhamento que dávamos de maneira particular a cada um deles”, disse.

INOVAÇÃO

Na manhã do dia 8 de agosto (sábado), os professores Clayton, José Vitorino de Souza, Elaine Sgobi e Viviane Fernandes já apresentaram os cinco novos núcleos que passam a fazer parte da estrutura de ensino. O primeiro é o “Núcleo de Formação” que forma os atores, tendo como base as diversas disciplinas que a Elite dispõe como: Interpretação, Improvisação, Técnica Vocal, Expressão Corporal, Montagem de Texto, História do Teatro e Literatura Dramática.

O “Núcleo Patrimônio e Memória” busca resgatar a cultura de Jales e região por meio de ações como a formação de um cadastro dos artistas locais e de tudo que é considerado patrimônio, além de criar um “Museu Virtual” que possibilite a interação cultural.

Para conhecer as linguagens, teorias e tendências clássicas ou contemporâneas criou-se o “Núcleo de Pesquisa” que dará subsídio para a busca e formação de uma linguagem particular e original para a Elite.

O “Núcleo de Dramaturgia” tem como ponto de partida estudar a arte da composição do texto destinado à representação feita por atores. “Toda ação em cena depende do conflito e da maneira como os personagens agem para atingir seus diferentes objetivos. Entender tudo isso e indentificar o climax principal do texto é essencial em toda a montagem. Por isso, compreendemos a relevância de se criar um núcleo para esse estudo e estimulamos a prática da escrita nos alunos que já apresentam habilidade ou vontade de atuar nesse seguimento”, explica Elaine que além de professora de teatro também é dramaturga.

Por fim, o “Núcleo de Produção e Difusão Cultural” tem por objetivo ajudar companhias formadas por parcerias ou pelos próprios alunos que tem o desejo de usar o que aprenderam na construção de espetáculos. “A nossa meta, enquanto escola de teatro, sempre foi ensinar algo que alunos pudessem dar continuidade. O que percebemos é que muitos, ao se formarem na Elite, não conseguem montar seus grupos e continuar a fazer o que tem de mais prazeroso para o ator, que é as apresentações, de preferência de forma sustentável. Esse núcleo vai auxiliá-los nessa questão”, afirma Clayton.

Viviane Fernandes

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Conferência Municipal de Cultura de Jales é referência nacional




Quem acompanha o site do Ministério da Cultura deve ter reparado que Jales tem ocupado um espaço considerável no blog criado para a Conferência de Cultura. A pequena cidade do interior de São Paulo tem sido referência em âmbito nacional com a publicação de materiais que fizeram parte do planejamento da 1ª Conferência Municipal de Cultura e que estão sendo usados por muitos municípios que ainda preparam esse evento.

Na Pré Conferência Intermunicipal de Cultura, o palestrante Marco Rocha (ex-secretário de cultura de Campinas e atual diretor de departamento da Secretaria Municipal de Comércio, Indústrias, Serviços e Turismo) disse que Jales era uma das mais adiantadas na organização de sua Conferência, já que em todo o Brasil, ele só tinha o conhecimento de um município que estava no mesmo nível.

Depois da palestra, Marco ainda parabenizou a equipe organizadora e pediu aos membros que lhe enviasse alguns materiais como o decreto, ficha de inscrição e regulamento para divulgar no blog do Ministério da Cultura.

Ao ouvir os elogios do palestrante quanto ao adiantamento da cidade, Clayton Campos, um dos membros da equipe organizadora, que ocupa o cargo de secretário no Conselho de Cultura, disse que se sentia atrasado. “Eu propus a realização dessa Conferência no ano passado e muitos me chamaram de louco e disseram que o Conselho de Cultura não teria condições de fazer um evento desse porte. Mas está aí o resultado, mostramos realmente que temos capacidade e fizemos da nossa cidade uma referência em todo o Brasil”, conta.

Quem quiser conferir o material de Jales, bem como a matéria de cobertura da 1ª Conferencia Municipal de Cultura, realizada no dia 1º de agosto, pode acessar: blogs.cultura.gov.br/cnc/.

Viviane Fernandes

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Delegados eleitos na Conferência Municipal de Cultura de Jales


Após a aprovação das diretrizes na 1ª Conferência Municipal de Cultura de Jales, realizada no dia 1° de agosto, foi feita a eleição para a escolha dos representantes para a Conferência Estadual que deve ser realizada até o dia 15 de dezembro deste ano.

Os cinco delegados eleitos foram: José Vitorino de Souza (ator e diretor), Clayton Campos (ator e diretor da Escola Livre de Teatro – ELITE), Fábio Rogério Galan (oficial de secretaria da Câmara Municipal) Ilson Colombro (chefe de gabinete da Secretaria de Esportes Cultura e Turismo) e Maria Stela Guimarães (presidente do Conselho Municipal de Cultura).

Viviane Fernandes

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Jales realiza 1ª Conferência Municipal de Cultura




O último sábado (dia 01 de agosto) foi de muito debate na 1ª Conferência Municipal de Cultura de Jales. O evento, realizado na Câmara Municipal, reuniu 103 pessoas entre artistas, gestores e convidados da cidade e região para discutir e sugerir propostas que possam contribuir para o crescimento cultural da cidade.

A programação começou às 8 horas com o credenciamento e café da manhã ao som da Corporação Musical da cidade. Após a abertura oficial e leitura e aprovação do regulamento, o palestrante Marcelo Simon Manzatti (coordenador geral de articulação institucional, pesquisa aplicada, planejamento e formulação de política para diversidade) fez uma analise e explanação dentro do tema do encontro: “Cultura, diversidade, cidadania e desenvolvimento”.

“A Cultura ainda é considerada a cereja do bolo, quando na verdade é a massa”, disse o palestrante ao argumentar sobre a importância de se investir nessa área e o retorno em termos econômicos que ela proporciona. “Um evento pode gerar muitos empregos. Não só o artista como a cidade tem muito a ganhar”, completou.
Marcelo também falou da necessidade dos municípios terem Secretaria, Conselho, Fundo e plano municipal de cultura para contribuírem na formação do Sistema Nacional de Informações Culturais.

No período da tarde, o encontro seguiu com os grupos de trabalho que discutiram e definiram diretrizes para elaboração do Plano Municipal de Cultura. Depois do “Coffee Break” foi instalada a plenária para a aprovação das diretrizes e eleição dos delegados para a Conferência Estadual.

Encerrado o evento, a organização, formada por membros do Conselho Municipal de Cultura, foi embora satisfeita com a qualidade das discussões e produtividade da Conferência.

Viviane Fernandes