segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Montagem de Zé Celso para "Os Sertões" chega ao cinema



Clássico da literatura, "Os Sertões" invade hoje os cinemas de forma tão grandiloquente quanto aterrissou nos palcos de teatro há oito anos.

Por trás de ambas as empreitadas está José Celso Martinez Corrêa, fundador do Teatro Oficina.

As cinco montagens que ele criou a partir da obra de Euclydes da Cunha serão exibidas até sexta, no Cine Livraria Cultura -- e devem ser lançados em DVD.

A primeira parte -- "A Terra", de Tommy Pietra -- abre hoje a programação. No dias seguintes, serão exibidos "O Homem I", de Fernando Coimbra, "O Homem II", de Marcelo Drumont e Gabriel Fernandez, "A Luta I", de Elaine César, e "A Luta II", de Eryk e Pedro Paulo Rocha.

O ciclo "Os Sertões" estreou em 2002. Todas as gravações ocorreram na sede do Teatro Oficina, no Bixiga.

Antes o grupo já havia gravado algumas peças, "mas nada se compara a 'Os Sertões''', diz José Celso. "Os diretores deram um ritmo musical às peças." O resultado soma cerca de 26 horas.

"As sensações se completam. No teatro você não consegue ver tudo. Já o cinema pode captar toda a vivência."

Tommy Pietra, há 12 anos no Oficina, foi o responsável pela gravação de "A Terra".

Com 12 câmeras, registrou duas apresentações da peça para chegar ao filme.

Em "A Terra", há movimentos de câmera e cortes ágeis, para dar "cara" de cinema. "Tentamos evitar a sensação de teatro filmado, que costuma ser chato."

FONTE: FOLHA ONLINE - MARCO RODRIGO ALMEIDA

Internautas que votaram em "Nosso Lar" se revoltam com escolha de "Lula" para Oscar



Os internautas que votaram no filme "Nosso Lar" para estar entre os candidatos ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, em enquete promovida no site do Ministério da Cultura (MinC), demonstram revolta com a escolha de "Lula, o Filho do Brasil" no site da instituição.

A produção inspirada no espiritismo teve a preferência de 70% dos 127.749 votantes --contra 1% dos que desejavam indicar a biografia do presidente ao prêmio. A preferência popular, no entanto, não foi suficiente para comover a comissão julgadora, formada por representantes do MinC, da Secretaria do Audiovisual, da Agência Nacional de Cinema e da Academia Brasileira de Cinema.

"É um absurdo esta comissão utilizar-se de politicagem para eleger um filme que recebe 1% dos votos populares. Ficaremos mais um ano sem ganhar nada no Oscar, se é que o filme do nosso presidente será um dos finalistas, coisa que acho pouco provável!", comentou o Eduardo Kopp Vanuzzi no site do Minc.

Divulgação

"Nosso Lar" recebeu 70% dos votos do público em enquete promovida pelo Ministério da Cultura

Já o internauta Marcos Curvello disse achar que "se a votação no site do Ministério da Cultura não teve peso nenhum na escolha, nem precisavam ter colocado para saber o que o povo acha não dizem que a voz do povo é a voz de Deus?". Ricardo Bonetti sugeriu no site até mesmo entregar uma "estatueta simbólica" à equipe e ao diretor de "Nosso Lar", Wagner de Assis.

A indicação desta semana garante apenas a inscrição de "Lula, o Filho do Brasil" na disputa pela estatueta de Melhor Estrangeiro. Agora, a produção vai disputar com títulos de outros países uma das cinco indicações da Academia americana para a categoria. Os indicados serão conhecidos no dia 25 de janeiro e a noite de premiação está marcada para 27 de fevereiro.
O último filme nacional a concorrer indicação foi "Central do Brasil" (1998), de Walter Salles.

FONTE: COLABOAÇÃO PARA A FOLHA - ELISANGELA ROXO

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O TEATRO NÃO MORREU

Recentemente a cidade de Jales pode conferir diversos espetáculos teatrais no Festival de Teatro 2010. Crianças vieram de várias escolas da região para assistir.

Na última sexta-feira, dia 17, resolvi chegar com antecedência para acompanhar o espetáculo “A farsa do mestre Pathelin”. Entrei pelos fundos do teatro para ver os bastidores, observar cada integrante do elenco fazendo a maquiagem e aquecendo o corpo e a voz. Vi a produtora apressando o elenco e os diretores cuidando dos retoques finais da iluminação, certificando-se de que tudo estaria perfeito para o espetáculo.

Na parte de fora, crianças já esperavam ansiosos na porta entre o saguão e a platéia. E quando esta mesma porta se abriu, minutos antes do horário de início da peça, reparei nos rostos das delas entrando contentes e procurando o melhor lugar para se instalarem. Sentada na primeira fileira à direita do corredor, reparei nelas inquietas descobrindo com curiosidade todo o ambiente.

Os atores entraram pelos fundos, surpreendendo os mais distraídos, cantando canções populares que deram lugar a imaginação e a interação dos alunos espectadores que batiam palmas para acompanhar. Mas foi em cima do palco que eles mostraram seu talento. Observei gestos e expressões na medida certa, o prazer de estarem pisando naquele ambiente mágico até mesmo para eles que já tem uma rotina de trabalho naquele mesmo espaço.

O figurino colorido e o cenário discreto deram suavidade a uma história divertidíssima e tão atual, tratando de golpes, mentiras e principalmente de corrupção, que me fez refletir as corrupções maquiavélicas de políticos, e de todos os escândalos sujos envolvidos nas campanhas desta eleição.

Mas para as mentes das pequenas crianças tudo não passava de atrapalhadas em que no final cada personagem recebia o castigo que merecia pelas próprias trapaças, deixando a importante lição de que pelo menos no mundo divertido do espetáculo infanto-juvenil nada fica impune pela própria força do destino que se encarrega de fazer justiça, já que o tribunal da história também era falho.

Não poderia concluir sem dizer que pude constatar e afirmar, principalmente para os amantes da tecnologia com pouca simpatia pela cultura teatral, que o teatro não morreu diante de tantos atrativos tecnológicos, pois no rosto daquelas crianças, nas gargalhadas durante o espetáculo e também no entusiasmo que bateram palmas ao final dele, pude enxergar, que naquele momento, elas estavam presentes de corpo e alma, porque gostavam de estar ali vendo aquela peça.

Vale a pena assistir "A farsa do Mestre Pathelin".

Viviane Fernandes

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Jales respira Cultura


Festival de teatro 2010 promete movimentar a arte no município

Neste mês de setembro Jales vai se destacar na região com o Festival de Teatro 2010 que será realizado do dia 13 a 18, no Centro cultural Dr. Edilio Ridolfo e na Praça João Mariano de Freitas (Jacaré).

A semana do Festival contará com atrações de Jales e outras cidades do Estado como São José do Rio Preto, Francisco Morato, Araraquara e Ribeirão Preto.

O Ponto de Cultura Escola Livre de Teatro, o mais tradicional da Cidade, com 20 anos de carreira, está inserido na programação com a sátira “A farsa do Mestre Pathelin”. Além dessa, Jales também será representada no evento pelo grupo de teatro Prójovem com a peça “Que raio de amor é esse?” e pela turma do Curso Municipal de Teatro com "O livro mágico".

No entanto, o grupo que irá abrir o Festival será o Teatro Girândola de Francisco Morato com a atração infantil “Conto de todas as cores”, no dia 13, às 15h, no Teatro Municipal. A programação segue com a Companhia Fábrica de Sonhos de São José do Rio Preto que atua o espetáculo "Rasto Atrás", no mesmo dia e local, às 20 horas.

A programação completa com os grupos Polichinelo (Araraquara), Cia das Cenas (Ribeirão Pretro), Forrobodó, Cia Livre de Teatro e Palhaços Noturnos (São José do Rio Preto) pode ser conferida a seguir.

Viviane Fernandes


Programação Festival de Teatro 2010

Segunda Feira – 13 de Setembro – 15:00hs
Teatro Girandolá – Francisco Morato – SP
Conto de Todas as Cores
(Infantil)

Três contadores de histórias após sofrerem uma grave crise de idéias ficam impossibilitados de continuar contando histórias sozinhos e decidem unir cores e inspirações para contarem uma história única: a história de Lili. Espetáculo inspirado na obra “Lili inventa o mundo”, de Mario Quintana.

Segunda Feira – 13 de Setembro – 20:00hs
Cia. Fábrica de Sonhos – São José do Rio Preto
Rasto atrás
Classificação etária – 12 anos

Em “Rasto atrás”, o dramaturgo Vicente encontra-se em crise com a sua produção teatral e vê na sua conturbada relação com o pai o motivo de seu conflito pessoal. Decide, então, partir rasto atrás (artimanha em que a caça confunde o caçador) e retornar à sua terra natal, no interior do estado. Nessa viagem, mergulha nas intricadas trilhas da memória, revisitando o seu passado e o de sua família. Enquanto o pai aspira para o filho uma vida mais apegada à terra e à cultura rústica, o garoto apega-se aos livros e à cultura erudita, projeto de vida que o afasta do pai. “O texto possui uma carpintaria raramente vista na dramaturgia brasileira, além de uma comunicação bastante direta com a platéia.”


Terça Feira - 14 de Setembro – 20:00 hs
Local – Teatro Municipal
Que Raio de Amor é esse?
Teatro Prójovem – Jales - SP
(Juvenil)

Que raio de amor é esse, traz para o público a relação entre o homem e a mulher. Em uma única peça várias histórias de relacionamentos, deste sentimento chamado amor que provoca paixões, ciúmes, dor, encantos, mortes. Amor um sentimento que provoca as mais variadas sensações.
Histórias divertidas comandadas pelo símbolo do amor "CUPIDO", e alguém para apimentar ainda mais, "DIABINHA".

Terça Feira - 14 de Setembro – 14:30 hs
Local – Teatro Municipal
O Livro Mágico.../ "Pais & Filhos, Avós & Netos"
Curso Municipal de Teatro – Jales SP
(infantil)

Num mesmo espaço cênico, diferentes gerações, com semelhantes anseios e sentimentos a constituírem-se. A Trupe ATMA/Arte de Viver, originada a partir do Curso de Teatro da Secretaria de Esportes, Cultura e Turismo, propõe, por meio do trabalho colaborativo, uma reflexão sobre o desgastado - porém necessário! - diálogo entre gerações/relações humanas.

Quarta Feira – 15 de Setembro – 10:00hs
Local - Teatro Municipal
Frankenstein
Cia Polichinelo – Araraquara – SP
(infantil)

A história de Victor Frankenstein que está muito ocupado em seu laboratório costurando uma imensa criatura e para que todos saibam de sua proeza, Victor anota tudo em seu diário, deixando para a eternidade o relato de sua aventura. Depois de atingida por um raio, a criatura finalmente ganha vida, mas é abandonada por Victor que, com medo de sua própria criação, foge para longe, deixando de lado seu experimento. Com medo, as pessoas recusam se aproximar do “monstro”, mas ele encontra amizade em alguns pequenos momentos. Depois de encontrar o diário de Victor e ler toda a sua história, a criatura pensa que pode ser aceita pelo seu criador e o procura. Mas o cientista, ainda com medo, também o espanta. Por não ser aceita e pela população, a criatura realmente torna-se um monstro. E pode atacar a qualquer momento!

Quarta feira – 15 de Setembro – 20:00Hs
Local – Teatro Municipal
A Cartomante
Cia. Livre de Teatro – S.J. Rio Preto - SP
(juvenil/adulto)

Baseado no conto homônimo de Machado de Assis, com adaptação de Andréa Carvalho, Leandro Aveiro e Leandro Madi. Um triângulo amoroso, envolto a passos de tango. Mistério. Sedução. Os amigos de infância Vilela e Camilo, depois de longos anos de distância, reencontram-se. Vilela casara-se com Rita, que mais tarde é apresentada ao amigo.A situação arriscada leva Rita a consultar-se com uma cartomante,que lhe prevê toda a sorte de alegrias e bem-aventuranças. O resto é paixão, traição e adultério.

Quinta Feira – 16 de Setembro – 10:00hs
Local – Praça João Mariano de Freitas – (praça do Jacaré)
È Poesia Popular! – Teatro de Rua
Cia Forrobodó – S.J. Rio Preto
(Livre)

Um casal de retirantes (Leonildo e Maria do Céu) chega à cidade grande a procura de uma vida melhor. Não tendo espaço para trabalhar, devido às problemáticas da cidade grande, resolvem sair pelo Brasil afora contando e cantando as histórias de seu povo. Estes utilizam um cordel bem popular de José Pacheco “A Chegada de Lampião no Inferno” como forma de sobrevivência, carregam a essência do mambembe que troca sua arte pelo pão. Os dois de maneira bem brasileira e divertida, ilustram como Lampião, rei do Cangaço, conseguiu vencer satanás e seu bando.


Quinta Feira – 16 de Setembro – 14:30hs
Local – Teatro Municipal
De onde veio a palavra que veio a palavra de onde veio?
Cia Forrobodó – S.J. Rio Preto
(infantil)

“De onde veio a palavra que veio da palavra de onde veio?” é um espetáculo didático que aborda de uma maneira cômica e representativa a língua portuguesa, tendo como protagonista: A Palavra. Mequetrefe e Rosinha são dois contadores de histórias e fazem deste tema uma aula-espetáculo bem divertida sobre a língua e os fenômenos da linguagem através dos tempos.

Sexta feira - 17 de setembro: 10:00hs
Local – Teatro Municipal
Ponto de Cultura Escola Livre de Teatro – Jales/SP
A Farsa do mestre Pathelin
(livre)

A Farsa do Mestre Pathelin é uma peça de teatro francesa composta no final da idade media e é de autor desconhecido. A primeira edição foi impressa em 1474 e é considerada a primeira comédia da literatura francesa que critica e satiriza os costumes de duas das classes mais fortes sociais da França do século XV que são os comerciantes e os homens da lei.

Sexta feira – 17 de Setembro: 20:00hs
Local – Teatro Municipal
FELIZ ANO NOVO
Companhia das Cenas - Ribeirão Preto
(juvenil/adulto)

Uma mulher em estado limite ensaia sua despedida. Ela vive de maneira ilegal em um país de primeiro mundo, onde cada dia é um longo dia. Numa noite especial uma decisão é tomada, juntamente com uma carta que chega pela manhã. Confissões, desabafos e saudades. Um espetáculo pertinente sobre um tema atual de pessoas em busca de seus sonhos. (não tem foto)


Sábado – 18 de setembro – 20:00hs
Local - Teatro Municipal
Melodrama
Cia. Palhaços Noturnos – S.J. Rio Preto
(juvenil/adulto)

Com direção de Ricardo Matioli, “MELODRAMA” é composto de pequenas histórias que se entrelaçam com humor e deboche: a luta pelo amor, o casamento proibido pelo fantasma do incesto e adultérios passados. Com situações turbulentas e diálogos pomposos.
Fazem parte das histórias a jornada de Doralice, entrecortada pela loucura e delírio de um ébrio e um amnésico, dentro de uma estrutura radiofônica com dinâmica atual. O diretor explora o gênero melodramático e são os atores que dão sustentação à proposta, fazendo a platéia ir do risível à emoção, do puro divertimento à apreciação intelectual dos detalhes técnicos e estéticos.